28/01/2019

Menos plástico por favor!

Sempre me preocupei com as questões ecológicas, o que nós fazemos com a nossa Terra, que tanto nos dá, e como a vamos deixar para as gerações futuras. É certo que, individualmente, tudo o que fazemos parece pouco, mas é nossa obrigação, ética e moral, fazer a nossa parte. Se cada um mudar o seu cantinho, preparamos um mundo melhor.

Uma das coisas que tento fazer é reduzir a produção de resíduos sólidos, e aí o tricot tem ajudado. No ano passado fiz vários paninhos de cozinha para evitar o uso de papel. Mas pior que o papel é o plástico, por todas as consequências que conhecemos.

No sábado passado foi o encontro de tricot das Tricotadeiras do Porto, e a querida Tatá estava a fazer saquinhos para fruta, de forma a evitar trazer todos aqueles sacos de plástico quando vamos às compras. Mal pude esperar para chegar a casa e começar a fazer alguns para mim. Pus mãos à obra e fiz ontem o primeiro. O saco é muito mais giro que qualquer saco de plástico e ainda pode ser usado como decoração nas nossas cozinhas. O modelo é grátis e faz-se num instante. Só vantagens, portanto!


21/01/2019

Como construir uma camisola sem costuras

Hoje decidi, a propósito do último trabalho que terminei, falar-vos brevemente sobre uma forma de construir uma camisola sem costuras, começando por baixo.
Nurtered Sweater — Andrea Mowry


Há várias formas de construir uma camisola sem costuras. No caso desta, fazem-se separadamente o corpo e as mangas (começando em baixo), como três peças separadas:



Para se juntarem as três peças, que serão trabalhadas em agulha circular, é necessário deixar algumas malhas debaixo dos braços, quer no corpo, quer nas mangas, em igual número. Estas malhas podem ser deixadas vivas, para cerzir no final, ou, como fiz nesta camisola, são rematadas e cosidas no final.

A partir daqui terão de ser feitas diminuições até se chegar à zona da gola no pescoço. Neste caso as diminuições foram feitas em raglan, mas podem ser também distribuídas por toda a largura, com o efeito da camisola que mostrei na semana passada.

Não tenho nenhum método de construção preferido, gosto de ir variando. E vocês, como preferem fazer as camisolas?
14/01/2019

Ano novo, camisola nova!

Ainda em modo de ano novo, terminei a minha primeira camisola do ano (iniciada ainda no último dia de 2018). Por isso será a minha camisola de passagem de ano 2018/2019.
Tinha-a há imenso tempo programada e, por uma razão ou outra, fui adiando. Ainda bem que me decidi a fazê-la porque adorei o resultado final. Trata-se do modelo miss Rachel yoke da Kate Davies e usei exatamente as mesmas cores, só porque adoro!
Fiz duas pequenas alterações ao modelo. Não fiz a camisola cintada e fiz a gola dobrada para dar um acabamento mais perfeito (tricotei o dobro das voltas, virei para dentro e cosi).




07/01/2019

Primeiro trabalho concluído em 2019

Nada me poderia dar mais gosto do que inaugurar o ano de tricot com este trabalho concluído. Por vários motivos. Primeiro porque gosto de meias, depois, mais que isso, gosto de meias trabalhadas, e melhor ainda, metade deste trabalho foi feito pela minha amiga Cristina (Puella63 nas redes sociais, com o blog/podcast Acerca de Tudo).
Tudo começou porque a Cristina descobriu que é alérgica a nylon, pelo que não pode usar meias em cujo fio entre esta substância, coisa bastante comum em fios de meias. Teve, por isso, de realojar as meias que já tinha feitas com estes fios. No caso destas, ela já tinha feito uma, por isso enviou-ma juntamente com o fio para a segunda. Fiquei assim com este magnífico par de meias!
Este projeto celebra a nossa amizade!

03/01/2019

Balanço de 2018

Em jeito de balanço de tricot do ano que terminou, o que tenho a registar de mais positivo é que não deixei trabalhos por terminar. Foi, claramente, um ano dedicado a peças de vestir — fiz 27 num total de 50 projetos. Terminei uma manta de crochet e fiz 63 paninhos de cozinha, entre os projetos maiores. Fiz ainda 6 pares de meias, 2 pares de mitenes, 3 bonecos, 4 gorros e 4 xailes.
Mostro-vos um apanhado das peças de vestir, mas podem ver todos os detalhes dos meus projetos aqui
Desejo-vos um ano cheio de bons projetos, muitos fios e muitas horas disponíveis para tricotar. Sempre que tiver um tempinho tentarei dar notícias.
Bom ano 2019!




21/11/2018

A generosidade da comunidade de tricot

Hoje venho partilhar a generosidade de que já fui alvo por parte desta fantástica comunidade de tricotadeiras. As mais recentes foram uma meada, que ganhei ao participar num give away de um podcast que sigo — The Professor Knits — em que quem o apresenta tem a marca de fios pintados à mão Medusa Yarns. O desafio era tricotar modelos do livro Inspired by Islay, da Kate Davies, e eu participei com dois projetos: o Ardmore Gansey e o Port Charlotte. Ganhei uma meada, à minha escolha, pintada por ela.

Mais recentemente, com os paninhos que já vos mostrei, ganhei também um prémio do podcast Yara Hoarder. Também incluiu uma meada pintada à mão mais uns miminhos...





12/11/2018

Bloquear com ferro e vapor

Hoje venho falar-vos de uma forma diferente de bloquear uma peça de tricot, que é muito útil, em especial, no inverno, quando tudo demora imenso tempo a secar, para além de se evitarem vincos dos lados, onde a peça tem de ficar dobrada para se colocar plana sobre uma superfície. Para isso vou mostrar-vos o processo que segui num projeto que acabei há uns dias: o Ninilchik Swoncho da Caitlin Hunter, que fiz em Rowan Felted Tweed (detalhes aqui).

Decidi bloquear este swoncho desta forma porque têm estado uns dias chuvosos e ia demorar imenso tempo a secar, em especial porque são duas camadas de tecido que ficam sobrepostas. Tinha visto há tempos a dupla Arne & Carlos a mostrar num dos seus vídeos esta técnica e lembrei-me de que, quando era miúda e a minha mãe fazia tricot para fora, era exatamente isto que fazia.

O primeiro passo é colocar o ferro à temperatura indicada para lã, já que se estiver muito quente corre-se o risco de a peça encolher. O meu ferro é a vapor, mas não é necessário que seja.



Em particular neste tipo de trabalho com cores nota-se muito o efeito de bloquear, já que antes parece estar sempre com algumas ondinhas.

Deve então molhar-se uma toalha (deve ficar apenas humedecida e não encharcada) e passa-se a peça com a toalha entre esta e o ferro. Isto vai causar a libertação de vapor, que permitirá às malhas relaxar. Não devem passar-se os canelados, já que estes não se pretende que fiquem esticados.

E pronto! Basta fazer isto dos dois lados, garantindo que se cobre toda a extensão da peça. Simples!